Numa época em que os seres humanos experimentam constantes atritos verbais, nada melhor que ressaltar a humildade proverbial de Jesus Cristo diante dos seus tosquiadores.
No livro do profeta Isaias, no capitulo 53 e versículo 7, diz-nos a palavra de Deus: “Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca”. Esta profecia, que viria cumprir-se literalmente mais ou menos 700 anos depois no golgota, mostra de forma categórica o destemor do Senhor ao sofrer calado. Se o Senhor Jesus quisesse, não lhe teriam faltado palavras repletas de argumentos convincentes para persuadir seus algozes da inominável injustiça que estavam praticando contra ele, um inocente. Todavia, Ele preferiu silenciar convicto de que, fazendo o contrário, estaria pactuando com as hostes infernais interessadas em frustrar sua maravilhosa missão – a redenção da humanidade. A pesar do inevitável raciocínio de que Jesus é Deus, Ele teve, como tal força suficiente para sofrer a afronta e suportá-la como uma ovelha muda; a verdade é que, mesmo dentro de nossas não poucas limitações, podemos e devemos, em situações de confronto, seguir o exemplo do Filho de Deus, renunciando a presunção que nos leva a agirmos como se fossemos “donos da verdade” ou detentores exclusivos da razão. Como filhos de Deus devemos ter cuidado, afim de não abalarmos até o nosso relacionamento com Deus, levando-nos, muitas vezes ao absurdo de questiona-lo. No livro de Eclesiastes tem um conselho proveitoso: “Guarda o teu pé quando entrares na casa de Deus; inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifício de tolos pois não sabem que fazem mal. Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras”, Ec 5.1-2. Como se vê, muitas vezes, ainda que se trate de árdua tarefa, vale a pena sofrer a injustiça ou danos. É nestas horas que devemos lembrar que “na multidão das palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente”, Pv 10.19.Que o Senhor Deus nos Abençoe.
Marcos Alencar
Presbítero da Assembléia de Deus em Mossoró –Rn e Bacharelando em teologia pela FACETE
Parabens!! Irmão Marcos,Seja bem vindo ao nosso Blog,o que temos que aprender é que : A paz que procuramos só a encontramos no silêncio que não fazemos.
ResponderExcluirJesus tinha um projeto de salvação para o homem, resistiu as afrontas e aflições, mantendo-se resignado, não contencioso e mudo nos momentos finais... porém ao longo do seu ministério sua voz ressoou nos quatros cantos, contestando as injustiças, pecados... não recuou, confrontou. Não baixemos a cabeça, não aceitemos as injustiças, levantamos nossas vozes, respaldado na palavra de DEUS. Sofrer pelo evangelho é uma coisa, porém, por nossas próprias motivos, ai estaremos colhendo o que semeamos. Não pense que dando uma de coitado, o homem estará justificado diante de Deus. A Causa é fundamental. Veja Paulo a seguir:
ResponderExcluir"Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus." (Atos 20:24)